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quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Como três brasileiros chamaram a atenção do Google e da NASA

Thales Nicoleti, Mariana Vasconcelos e
Raphael Pizzi: eles criaram a Agrosmart,
que ajuda agricultores a tomarem decisões
Revista Exame
A cada cinco reais que a economia brasileira ganha com sua produção, um real vem do agronegócio: o setor é responsável por 20% do PIB do país.

Mesmo assim, ele ainda pode produzir muito mais. Na média, colhemos metade do milho que os americanos produzem por hectare. Nossos rebanhos bovinos rendem, no mesmo espaço, um sexto da carne produzida pelos alemães e um quinto do que conseguem os canadenses.

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Já há startups mirando esse enorme potencial de expansão. É o caso da Agrosmart: criada por três jovens empreendedores em 2014, a empresa aposta na tendência da “agricultura digital” - usar a coleta e análise de dados para que os agricultores tomem melhores decisões e consigam produzir mais e melhor.

Sua estratégia parece ter dado certo: a startup atraiu a atenção de nomes como Google e NASA, além de ter como meta faturar dois milhões de reais neste ano.

A ideia

Os sócios Mariana Vasconcelos, Raphael Pizzi e Thales Nicoleti conhecem a agropecuária. Os três moram no sul de Minas Gerais, uma região que tem uma tradição no setor, conta Vasconcelos, CEO da Agrosmart.

Segundo a empreendedora, as decisões tomadas no ramo do agronegócio costumam ser ou por intuição ou por conselhos passados por parentes e vizinhos.

“Quando se fala em irrigação, por exemplo, a gente brinca que 99% dos agricultores bate o bico da bota no chão. Chutando, ele vê se a terra está fofa. Se não estiver, é porque precisa ser irrigada.”

Diante de um impacto cada vez maior no meio ambiente, porém, não dá mais para confiar nos modelos tradicionais de tomada de decisão.

“Hoje, sofremos com mudanças climáticas e com a falta de recursos hídricos. Esses são fatores determinantes para a produtividade, que precisa aumentar para suprir a demanda. Está cada vez mais difícil para o agricultor – aquilo que ele sempre ouviu falar não faz mais sentido”, diz Vasconcelos.

“Eu acho que agora é a hora: há muita demanda e muitos desafios, o mundo todo está pensando em como aumentar a produção. Talvez irá demorar para ser um mercado maduro, mas é o momento de ter novas ideias e criar soluções.”

Desenvolvimento de produto

A Agrosmart começou em setembro de 2014, a partir de um problema que a própria empreendedora via em sua família, que trabalha com agricultura: eles não podiam viajar por muitos dias, já que era preciso analisar o estado da lavoura constantemente.

Por isso, a primeira missão da Agrosmart foi criar um sistema de monitoramento: sensores são instalados no cultivo do agricultor e, por meio de um software, ele pode acompanhar de qualquer lugar como anda sua produção. Leia mais

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