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segunda-feira, 11 de julho de 2016

Zezé Di Camargo tem vacas de R$ 1,5 milhão na fazenda É o Amor

Zezé Di Camargo se define como um matuto, um caipira. Nascido na roça, no interior de Goiás, desejava ser cantor e pecuarista. Primeiro, veio a carreira na música, estimulada desde cedo pelo pai, Francisco.

Já famoso, Zezé decidiu completar o sonho de infância e criar gado –desejo que começou a se tornar realidade com a compra de uma fazenda em 1993.

Hoje, a fazenda É o Amor –nome emprestado de uma de suas músicas de maior sucesso–, no vale do rio Araguaia, município de Araguapaz (GO), abriga vacas de até R$ 1,5 milhão. Na propriedade de 1.500 hectares, há um laboratório usado para a reprodução de gado nelore puro, que começou a ser comprado em 2004.

"Montei uma estrutura de serviços para reproduzir meus melhores animais através de técnicas de biotecnologia, como a inseminação artificial", afirma o cantor.

Para Zezé Di Camargo, ser pecuarista estava em seu destino. "A gente foi criado naquele pedaço de paraíso, que era a chácara do meu avô. Era natureza pura. Meu pai ensinou a gente a cuidar da terra e a amar os animais. Sou matuto, sou do mato, este seria o meu destino e, com a música, posso desenvolver a minha essência", diz.

No início, pecuaristas não confiavam no trabalho da fazenda
No início dos negócios, Zezé comprava bois para engorda, que, depois eram vendidos ao frigorífico Friboi.

Frequentando leilões, começou a investir na raça nelore, gado que já conhecia desde antes de se tornar cantor e com o qual queria trabalhar. Comprou 360 exemplares no início.

"Essa raça bovina é a base da pecuária brasileira. É um gado lindo", afirma.

A partir daí quis trabalhar com melhoramento genético e passou a vender animais puros, ou seja, que não têm sangue de nenhuma outra raça.

Hoje, a fazenda É o Amor mantém 500 matrizes (espécie de "mãe de aluguel") e dez doadoras (as vacas das quais se coletam os óvulos). Por ano, são produzidos 350 bezerros.

De acordo com o zootecnista e diretor da fazenda, Murilo Canedo, alguns pecuaristas não confiavam no trabalho desenvolvido na fazenda de Zezé.

"Achavam que, porque ele é artista, ia ser 'oba-oba'. Acho que a principal barreira que enfrentamos foi essa. Hoje, os clientes conhecem o gado, sabem que o Zezé é muito sério no que faz e voltam sempre a comprar com a gente", afirma.

Segundo Canedo, a fazenda mantém cerca de 230 clientes.

Com 20 anos no ramo da pecuária, o cantor tem um objetivo claro e ambicioso. "Quero cada vez mais produzir animais melhoradores na raça nelore e me destacar como principal produtor de genética no cenário nacional", diz. Leia mais

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